Uma menina de cinco anos faleceu na última quarta-feira (06) em casa, antes que o Samu pudesse prestar socorro. A criança, que morava com a vó no bairro Interlagos, já havia sido atendida no dia anterior pela emergência e levada à UPA Tancredo. Ali, conforme relato da família e receituário médico, passou por consulta, foi diagnosticada com gases e mandada para casa. Faleceu no dia seguinte antes que pudesse receber qualquer tipo de atendimento.
Procurado pela família, o vereador Fernando Hallberg (PDT) protocolou na 9º Promotoria de Justiça um ofício pedindo que sejam tomadas providências para investigar o suposto crime de negligência e pedindo ainda que o Ministério Público apure a informação de que na UPA Tancredo não há pediatras, apenas clínicos e estudantes. A denúncia foi protocolada ainda na Delegacia da Polícia Civil e no CRM – Conselho Regional de Medicina.
A família apresentou a receita médica na qual constam apenas os medicamentos Paracetamol, Ibuprofeno, Bromoprida e Dimeticona e nenhum pedido de exames. Na noite de 6 de maio, quarta-feira, foi concluído o Laudo do IML (Instituto Médico Legal) de Cascavel, que apontou como causa da morte da criança, apendicite aguda.
Hallberg questiona de que forma os direitos garantidos pela Constituição Federal em seu artigo 196, que declara: “a saúde é direito de todos e dever do Estado”, estão sendo garantidos à população, especialmente aquela, como da menina que faleceu ontem, mais vulnerável economicamente. “O que percebemos é uma total falta de respeito, consultas rápidas e falhas, atendimentos precários que dia a dia vão ceifando vidas, como a desta menina, de apenas cinco anos de idade”, critica Fernando Hallberg.
Assessoria de Imprensa/CMC