As empresas operadoras do transporte público de Cascavel, Pioneira e Viação Capital, enviaram para o Paço Municipal as planilhas de custos para a alteração anual da tarifa, que é prevista em contrato. Três propostas foram feitas, R$ 4,20, R$ 4,40 e R$ 4,60. O município garantiu que vai tentar um valor abaixo da casa dos R$ 4,20.
Em paralelo a isso uma questão: conforme o presidente do Sinttracovel (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Cascavel), Nelson Mendes de Borba, ambas as empresas estão operando com veículos velhos, chamados por eles de “vencidos”, já que entraram em 2010 e conforme o contrato deveriam ter saído de frota assim que completassem 8 anos. “Não foi feita a substituição, os ônibus estão muito problemáticos, sem condições de operar em linhas de alta demanda”, diz. O presidente afirma que nem especulações sobre uma futura renovação existe.
Nelson tomou conhecimento da seguinte informação: “Eu ouvi que eles [as empresas] estavam tentando fazer um aditivo para esses ônibus que estão vencendo a vida útil continuarem operando até o fim do contrato”, afirma. Segundo o presidente do sindicato, são inúmeros ônibus ano/modelo 2010 rodando em Cascavel. O Sinttracovel é contra o uso de veículos velhos. “Com toda certeza somos contra. Os ônibus não estão em boas condições para cumprirem determinados horários e linhas”.
As empresas foram procuradas, mas não conseguimos as respostas até o fechamento desta reportagem. A assessoria está aguardando o posicionamento das operadoras e assim que tivermos o material será publicado.
Possibilidade de greve
A questão salarial dos motoristas está parada. “Ainda não foi concluída a nossa negociação coletiva. As operadoras só estão disponibilizando o índice que gira entorno de 3%. Isso significa para nós um acréscimo salarial sem aumento real, tanto no salário, quanto no vale alimentação”, explica.
Nelson diz que o município vai agendar uma reunião com a classe assim que o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, retornar das férias. “Nós já levamos isso ao conhecimento do prefeito. Estamos aguardando uma conversa, após isso o prefeito vai falar com as empresas”. Após essa posição o sindicato vai apresentar a proposta para a categoria e os motoristas vão analisar e pensar nas providências cabíveis, não descartando a possibilidade de greve.
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Assessoria de Imprensa / Fernando Hallberg